11 setembro, 2024

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O que comer em um dia de drenagem linfática

3 novembro, 2023

A drenagem linfática é um tipo de massagem corporal que ajuda o corpo a eliminar o excesso de líquidos e toxinas, facilitando o tratamento da celulite, reduzindo edemas e linfedemas, promovendo relaxamento e bem-estar. A técnica utiliza a massagem para intensificar a atividade do sistema linfático.

O sistema linfático compõe-se de uma rede de vasos que leva para a corrente sanguínea o excesso de fluidos dos tecidos e dos órgãos (linfa). O processo de chegada dos fluidos aos tecidos é mais intenso que o da saída. Assim, há excesso de líquido no espaço intersticial (entre as células), que é, então, reabsorvido pelos capilares linfáticos. Portanto, o fluido dos tecidos que não volta aos vãos sanguíneos é drenado para os capilares linfáticos existentes entre as células. A drenagem linfática tem como objetivo aumentar o volume e a velocidade da linfa a ser transportada pelos vasos e ductos linfáticos, por meio de manobras que imitem o bombeamento fisiológico. Ela tem influência direta no aumento da oxigenação dos tecidos, favorece a eliminação de toxinas e metabólitos, aumenta a absorção de nutrientes por meio do trato digestório, aumenta a quantidade de líquidos a ser eliminada e melhora as condições de absorção intestinal, dentre outras funções.

Um estudo que teve como objetivo avaliar os efeitos da orientação nutricional sobre o resultado do tratamento estético de drenagem corporal em mulheres frequentadoras de um Spa na cidade de Bauru em São Paulo ressaltou a necessidade de associar aos tratamentos estéticos uma alimentação equilibrada, saudável e individualizada para proporcionar melhores resultados para perda de peso e medidas. Por isso durante o tratamento com drenagem linfática, deve-se observar algumas dicas nutricionais para melhorar os resultados. 

Algumas simples mudanças em sua rotina alimentar, principalmente no dia das sessões, já potencializa os seus resultados. Quer saber o que comer em um dia de drenagem linfática? Passe as imagens para o lado 👉🏻




 

OZEMPIC não é cosmético

1 novembro, 2023
dislipidemia e está associada a complicações como diabetes tipo 2, doença cardiovascular e doença hepática gordurosa não alcoólica e redução da expectativa de vida. Mais recentemente, a obesidade foi associada ao aumento do número de hospitalizações, à necessidade de ventilação mecânica e à morte em pessoas com a doença do coronavirus. 

Um dos maiores desafios na obesidade é o seu tratamento. A dificuldade de adesão a intervenções no estilo de vida, além de adaptações metabólicas que acontecem ao longo desse tratamento tem feito com que as pessoas utilizem cada vez mais medicações para a perda de peso. Lembrando que o tratamento medicamentoso não cura a obesidade, mas pode controlar a doença e diminuir as comorbidades. Logo, o  Ozempic virou uma febre entre as pessoas que desejam perder peso rápido. Mas como ele age no nosso corpo? E será que você realmente tem indicação para tomar?

O ozempic é um remédio que tem como princípio ativo a semaglutida e faz parte de um grupo de medicações consideradas revolucionárias para tratar o diabetes tipo 2 e a obesidade. A semaglutida simula a ação do GLP-1, hormônio produzido no intestino que regula a glicemia (nível de açúcar no sangue) e as respostas da saciedade. Assim, o medicamento estimula o organismo a produzir hormônios digestivos antecipadamente, evitando que o nível de glicose se eleve. Essa substância também controla o apetite, regulando o nível de saciedade, onde a pessoa sente menos fome e acaba ingerindo uma menor quantidade de comida. Por outro lado, quem faz o uso sem acompanhamento médico pode apresentar algumas intercorrências como náuseas, vômitos, indisposição, cansaço, plenitude pós-prandial, constipação e diarreias. Esse ano, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) emitiu uma nota alertando que, assim como qualquer outro medicamento, a semaglutida “precisa de acompanhamento médico e só deve ser utilizada sob prescrição”.

Além disso, um dos riscos do uso indiscriminado é o chamado efeito rebote, que ocorre quando o peso perdido durante o tratamento é recuperado quando o paciente deixa de usar o remédio. Em alguns casos, o ganho de peso é até maior do que o que foi perdido anteriormente.

Em bula, a semaglutida está indicada para todos os indivíduos com obesidade (ou seja, com o IMC acima de 30). Ela também pode ser considerada como uma opção para pacientes com sobrepeso cujo IMC supera os 27 e há a presença de alguma comorbidade (ou doença associada), como hipertensão, colesterol alto, diabetes, apneia do sono e para tratamento de diabetes tipo 2. Em todos os casos, a aplicação dela deve estar sempre associada com as mudanças no estilo de vida, que incluem dieta e atividade física regular. Logo a semaglutida não é uma droga para você perder três quilos e usar uma roupa no casamento de um amigo no final de semana. A forma como o medicamento é retratado na mídia e nas redes sociais contribui para essa noção distorcida. A demanda disparou no último ano depois que anônimos e famosos começaram a compartilhar na internet o processo de perda de peso e indicar o uso do Ozempic para fins estéticos. A situação causa desafios para pacientes brasileiros que dependem da medicação. O uso indiscriminado e sem receita do Ozempic tem causado a escassez do medicamento e afetado o tratamento de pessoas com diabetes e obesidade. Mas não podemos esquecer que os remédios só devem ser usados sob prescrição, nunca fazer o uso por conta própria ou para fins estéticos, e que devemos evitar o uso indiscriminado de certos medicamentos sabendo dos danos que podemos provocar à nossa saúde.

Reforçando o que foi dito no texto,  o uso do Ozempic para emagrecimento não deve ser feito por pessoas que precisam perder pouco peso ou apenas para fins estéticos. Ozempic não é cosm perder pouco peso ou apenas para fins estéticos. Ozempic não é cosmético!



 

Saúde Mental e Nutrição

9 janeiro, 2023
Segundo a definição da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), saúde mental é um “estado de bem-estar em que o indivíduo percebe suas próprias habilidades, pode lidar com as tensões normais da vida, pode trabalhar de forma produtiva e frutífera e é capaz de contribuir para sua comunidade”. Ou seja, a saúde mental pode ser definida como a capacidade de lidar com emoções e situações diversas da vida de forma equilibrada, sabendo manejar conflitos, traumas e experiências, convivendo bem consigo mesmo e com os outros.

Mas no que a nutrição pode se relacionar com a saúde mental? A revista The Lancet Psychiatry, em 2015 discorreu sobre a importância da nutrição na prevalência e incidência dos transtornos mentais, afirmando que a alimentação é tão importante para a área da psiquiatria, como para as áreas da endocrinologia e cardiologia, por exemplo. Compreender essa relação é muito importante para buscar alternativas que reduzam os impactos do desequilíbrio nutricional no organismo e na saúde mental. Afinal, doenças como ansiedade, depressão, bulimia, por exemplo, podem estar relacionadas a má qualidade dos hábitos alimentares.  Não falamos de causalidade, mas sim uma associação. Existe um risco maior para esses distúrbios em pessoas com deficiência de nutrientes ou em um estado inflamatório.


Uma vez que o estado inflamatório é uma das razões de associação entre a saúde mental e a alimentação, é relevante destacar o que os estudos realizados nos apresenta. E eles nos mostram uma associação entre doenças mentais e alimentação, tanto no que se refere ao papel dos nutrientes quanto à inflamação. Dentre os nutrientes, que podem modular os processos inflamatórios considera-se o equilíbrio entre o consumo de ômega 3 e 6, compostos fenólicos, carotenóides, vitamina C e vitamina E, zinco e selênio,por exemplo.

Uma alimentação variada, contendo alimentos de todos os grupos alimentares (frutas, legumes, verduras, carnes, peixes, cereais, feijões, nozes e castanhas, ovos, leite) e com base em alimentos in natura, tem maior probabilidade de fornecer os nutrientes que podem contribuir para a prevenção de transtornos mentais.

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Toxinas e sua relação com a Obesidade

15 agosto, 2022

Como sempre falo por aqui, a obesidade é uma doença de causa multifatorial que envolve base genética + ambiente e atinge a população como um todo. Hoje iremos falar sobre os fatores relacionados ao meio ambiente, mais precisamente sobre as toxinas obesogênicas.

O papel das toxinas no desenvolvimento da obesidade e na perda posterior de gordura está se tornando uma preocupação crescente, conforme surgem evidências que estabelecem uma ligação plausível entre as toxinas e a obesidade. A exposição às toxinas se origina de duas fontes principais: o meio ambiente (toxinas externas ou exógenas), que inclui os poluentes ambientais tais como os pesticidas, compostos industriais, solventes, detergentes, plastificadores, aditivos de cosméticos, aditivos químicos, corantes, conservantes, aromatizantes, toxinas microbianas, como as aflatoxinas do amendoim, micotoxinas dos mofos, e o bisfenol A encontrado nas mamadeiras plásticas dos bebês, brinquedos, e especialmente nos selantes dentários; e "produtos químicos de uso na vida diária", tais como o álcool, medicamentos isentos de prescrição médica, e medicamentos sob prescrição médica.

Podem também serem subprodutos decorrentes da preparação de alimentos, tais como a acrilamida das batatas fritas, as nitrosaminas dos frios embutidos, os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (PCAH) das carnes grelhadas, gorduras trans da hidrogenação parcial de gorduras e produtos finais de glicolização avançada (AGE) em alimentos nos quais a molécula de glicose é conduzida a temperaturas elevadas. As toxinas podem ter origem também no intestino, ou seja, nos produtos de degradação do metabolismo, incluindo hormônios, toxinas internas como os metabólitos de leveduras ou bactérias intestinais.

 Ambas as fontes de toxinas podem sobrecarregar os mecanismos de desintoxicação endógena do organismo. Quando esse processo ocorre, essas toxinas, que geralmente são lipossolúveis e têm afinidade ao tecido adiposo, finalmente são armazenadas no depósito de gordura corporal. Isso pode implicar na deposição de mais gordura e no desenvolvimento de obesidade, ou, no caso de perda de massa corporal ou gordura, a liberação dessas toxinas pode interferir no funcionamento do organismo, colocando uma carga sobre o fígado e até mesmo na sua capacidade de continuar a perder mais gordura.
As toxinas alteram o metabolismo, prejudicam a função endócrina, danificam as mitocôndrias, aumentam a inflamação e o estresse oxidativo, reduzem os hormônios da tireoide, alteram os ritmos ou ciclos circadianos e os sistema nervoso autônomo. Todos esses fatores interferem nos principais mecanismos de controle da massa corporal. Uma abordagem abrangente para a obesidade, incluindo a avaliação e tratamento de efeitos mediados pelas toxinas, podem melhorar o controle da massa e da gordura corporal. As opções por estilos de vida simples, bem como a desintoxicação sob orientação médica podem reduzir a exposição às toxinas e melhorar a mobilização e eliminação de toxinas externas e armazenadas. 

MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S. ; RAYMOND, J.L. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 14ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. 


 

A epidemia do OZEMPIC

10 agosto, 2022
A obesidade é uma patologia crônica caracterizada essencialmente pelo acúmulo do excesso de gordura corporal. Suas consequências podem interferir diretamente na qualidade de vida da população e está associada a crescentes estatísticas de mortalidade em nosso país. 1 em 4 pessoas acima dos 20 anos é obeso no Brasil, e mais da metade apresenta condições de sobrepeso.

A obesidade é uma doença de causa multifatorial que envolve base genética + ambiente e atinge a população como um todo. E a perda de peso e posteriormente a sua manutenção na obesidade não é um processo fácil. Além do ambiente obesogênico que vivemos, um ambiente que impulsiona e favorece o aumento da disponibilidade e acessibilidade à uma alimentação hipercalórica e desregulada, a perda de peso não é algo desejável pelo nosso organismo.  A partir do momento que o nosso corpo começa a perceber essa perda de peso, ele se mobiliza diante do déficit calórico e aumenta a sua fome ao mesmo tempo que diminui a sua saciedade, sendo tendencioso voltar ao peso de origem. Logo emagrecer é um processo ativo, que requer esforços diários contínuos e sujeito a oscilações em um longo prazo.

Para isso, além da reeducação alimentar + a prática de atividade física, em alguns casos se faz necessário o uso de fármacos para auxiliar neste processo. E é aqui que entra o tão famoso OZEMPIC.

A Semaglutida - OZEMPIC, é um medicamento indicado para o tratamento de adultos com Diabetes Mellitus, adjuvante à dieta e ao exercício físico. Sua ação envolve o aumento da secreção de insulina pelo pâncreas em resposta aos alimentos, controlando os níveis de glicose no sangue e promovendo um atraso no esvaziamento gástrico, a diminuição do apetite e a diminuição da preferência por alimentos com alto teor de gordura, tendo como resultado final a perda de peso. Logo é um medicamente eficaz para a perda de peso, MAS não é para todo mundo. Aliás, não é para a grande parte das pessoas que hoje faz uso desse medicamento.

Ora, se você não consegue emagrecer porque não consegue controlar a sua fome, imagina o que vai acontecer quando você parar com o medicamento. E aqui vejo duas situações na minha prática clínica: a dependência, onde o paciente se torna dependente do medicamento e o efeito rebote, onde ocorre a recuperação do peso eliminado, podendo este paciente ganhar o dobro do peso.

Por isso, o uso dessa medicação vale a pena desde que o indivíduo esteja consciente que essa estratégia será somente um início de mudança em sua rotina, além da necessidade de um acompanhamento multidisciplinar (médico + nutricionista). Afinal, não se trata somente de calorias, e sim de saúde.

E se você hoje não conhece alguém que faz uso do OZEMPIC, provavelmente a pessoa que usa é você.